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Zoafartes destina-se a exibir de foma sutil imagens de Minas mas precisamente do Sul de Minas, suas riquezas e histórias escondidas na leitura de mundo que cada um se maravilha ao "olhar"



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Sol de Minas
Sol de Minas


MITO INDÍGENA DO SOL

Antigamente, muito antigamente, no tempo em que vivia entre

os Tucuna, o Sol era um moço forte e muito bonito. Por ocasião

da festa de Moça-Nova, o rapaz ajudava sua velha tia no preparo

da tinta de urucu. La à mata e trazia uma madeira muito vermelha,

chamada muirapiranga. Cortava a lenha para o fogo onde a velha

fervia o urucu para pintar os Tucuna. A tia do moço era muito mal

humorada, estava sempre a reclamar e a pedir mais lenha.

Um dia o Sol trouxe muita muirapiranga e a velha tia ainda resmungava

insatisfeita. O rapaz resolveu então que acabaria com toda aquela

trabalheira. Olhou para o fogo que ardia, soltando longe suas faíscas.

Olhou para o urucu borbulhante, vermelho, quente.

Desejou beber aquele líquido e pediu permissão à tia que consentiu:

- Bebe, bebe tudo e logo, disse zangada.

Ela julgava e desejava que o moço morresse.

Mas, à medida que ia bebendo a tintura quente, o rapaz ia ficando

cada vez mais vermelho, tal qual o urucu e a muirapiranga.

Depois, subindo para o céu, intrometeu-se entre as nuvens.

E passou desde então a esquentar e a iluminar o mundo.

Autor: Índios Tucuna, Vale do Rio Solimões, Amazonas